sábado, 25 de maio de 2013

Tempo, o encarregado


O que fazer quando se enjoa de uma amizade? Foi a pergunta que me fiz naquela noite de sábado, em que eu me curtia e lia ao som de alguma música bacana. 

Recebi sua mensagem que parecia afetuosa e ao mesmo tempo tão nauseante, e por me sentir assim me julguei severamente. Não sei lidar com essa sensação nova e duramente repugnante. Como alguém que eu colocava na minha estante, no lugar mais apreciável, de repente se tornou alguém que considero fútil e passível dos meus julgamentos? 

Sinto-me tão proximamente distante. E temo que seja o fim. Eu saberei lidar com o fim, tenho quase absoluta certeza disso. Na altura da minha pequena sabedoria, sei que me sinto assim devido a uma vontade escondida lá dentro do peito de que isso realmente aconteça. Gosto da sensação de alívio que me causa não ser tão mais ligada, conectada a uma amizade que por muito tempo eu achei que me fizesse só o bem.

Era um bem maquiado, uma felicidade proporcionada à base de risos frouxos, noitadas, sábados de piscina, madrugadas me sentindo como divã. Eu cansei de ver seus dramas desproporcionais e desmedidos. Te ver como vítima do mundo, da sociedade, da realidade, das suas escolhas, da sua família, desencadeou a minha angústia de não poder dizer uma verdade crua. 

Minhas sinceridades ficam aqui, porque sei que falar e ser entendida são duas coisas impassíveis de acontecer. Longe dos olhos dessa amizade, longe do coração que poderia se quebrar, longe dos julgamentos do seu mundo limitado.

O que resta é esperar o tempo passar e se dá ao trabalho costumeiro de afastar as pessoas. Devagar e quase imperceptível aos desatentos.



2 comentários:

  1. Li esse texto e tentei ver se você se referia a mim rs'. Sumi do mundo cibernético e consequentemente me afastei de pessoas queridas como você. A verdade é que ambas nos afastamos, o último e-mail enviado foi meu e a última mensagem enviada foi sua. Perdoe minha ausência Lu? Sumi sim, mas não te esqueci. Inclusive, só não te enviei msg de dia das mães porque estava sem créditos. Tenho novidades que queria contar-lhe, porém, a nossa rotina de troca de e-mails foi quebrada, tanto por você que não me respondeu quanto por mim que não insisti...
    Espero que você nunca sinta por mim o que explanou nesse texto, pois isso é algo que eu nunca sentirei pelas pessoas que eu amo e que fizeram parte da minha caminhada.

    P.S: Perdoe ter deixado de comentar seus lindos textos também. Perdi o costume de escrever, de acessar blogs e de comentar os meus queridos.

    Continuo te querendo bem. Espero que seja recíproco rs'.
    Saudade Lu.
    Beijos cheio de carinho ;*

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    1. Definitivamente, não se trata de você minha querida. Você é e sempre foi um doce de pessoa, e comigo também.
      Se você precisou se ausentar, apesar de sentirmos sua falta, sim porque, tenho certeza que saudades você deixa por onde passa, eu respeito seu espaço. Até porque se um dia eu sair de cena, quero o respeito e até compreensão de todos dos quais eu gosto e que gostam de mim. Quem ama dá liberdade.

      E sobre os e-mails, falo sobre, via e-mail. rs

      Beijos, abraço e um afago por esse carinho da sua ilustre e saudosa visita. Te quero bem.

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