terça-feira, 27 de novembro de 2012

Em matéria de amor


Antes era vento, agora é só tempestade. Daquelas que não se pode sair de casa e isso dá raiva. Quando se aceita uma mudança interior em função de uma outra pessoa, pode acreditar, você está amando. Mas aí, quando você se determinar a amar alguém e, decididamente entrar pela casa do amor, deixe a porta aberta, caso você precise sair. Porque talvez, aquele que se ama não esteja disposto a te amar de volta. E seu amor necessita ser maior ainda, pra deixar o outro ser feliz. Passada a dificuldade de aprendizado sobre abrir mão do que se ama em prol de uma libertação maior, a vida passa a ser mais simples, "free yourself".






quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Pedras permanecem

A vontade é de ir onde o olhar alcança, longe, sem limites... Até os confins... Mas é preciso ficar; parafraseando Raul, as pedras permanecem no mesmo lugar, talvez seja esse mesmo o segredo da vida, estabelecer lugar ou regaço pra ficar, pra se achar e depois poder ter liberdade pra partir pra d'onde quiser. Liberdade é ficar, e sobretudo dizer não quando se quer dizer sim, porque nem toda liberdade é livre de escolhas.


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O amor é feio ou lixo


O amor não é bonito como os pintores pintam, os músicos cantam e o poetas poetizam. Ele vivido é feio, tem cara de monstro, bicho papão dos meus contos de criança. Ele chega, bate na porta vestido de uma linda donzela, depois vira uma assombração... Machuca todos os dias, incomoda, atrapalha, te induz ao erro... Aonde há beleza nisso? Uma amiga me disse  hoje "nem sempre o amor que você dá é o mesmo que você recebe". Amor: uma balança injusta. Onde um sempre levará prejuízo maior. Realmente, agora entendo o que quer dizer um amor desmedido. O amor que dei, não foi o mesmo que me apaixonei. E mesmo assim, detestando tudo isso, ainda quero amar. 


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Movimento



Pra tudo há um primeiro passo, seja pra dar fim ou seja pra dar início. 

E, passos largos, curtos, apressados ou calmos. Não importa, com tanto que haja passos.




Me diz










Quanta saudade cabe em uma distância de um atlântico?
Quanto choro cabe numa perca?
Quanto orgulho cabe num erro?
Quanto amor cabe dentro de um coração?
Quanto desprazer há numa despedida?
Quanto tempo se gasta amando?
Quanto de mim ainda tem em você?
Quanto de você ainda vai ficar em mim?