sábado, 2 de janeiro de 2010

Saudades de mim

Minha amiga acha graça quando digo isto à ela, foi preciso eu esmiuçar melhor a frase. Hoje quando me sinto pressionada, com medo, saudosa, ligeiramente indecisa e deixando de lado alguns princípios dos quais eu acreditava fielmente, é que sinto saudade de mim mesma. Sinto falta da minha capacidade de amar, de acreditar mais nas pessoas, de não me apegar tão facilmente, saudades também da minha inabalável conduta, não mudar de opinão com tanta facilidade, sinto falta de ser mais determinada como antes, de fazer coisas simples que me deixavam tão feliz, como: pintar, ler um livro, ver filmes interessantes...
Ah, como era bom descobrir as coisas, perceber as pessoas e como elas agem. Hoje estou em constante mudança, volátil como o álcool, qualquer hora acho que vou desaparecer, evaporar. Sinto falta da consistência de tudo aquilo que eu acreditava antes. Bem, eu já diagnostiquei o problema, mas como chegar na solução? Como voltar a ser o que eu tanto admirava? Me afastar de pessoas que não somam em nada na minha vida ou deixar pra trás conhecimentos que antes não tinha, me desligar de costumes novos?
São tantas coisas juntas, eu me sinto numa adolescência recorrente. Um burbulhão de coisas acontecendo à minha volta e não consigo controlá-las. Espero que meu cérebro não dê "pani". Nessas férias começarei a ler um livro, comprarei minhas tintas e pincéis pra terminar meu quadro e se der comprarei um violão e vou voltar a fazer aulas. Acredito que ocupar minha cabeça com coisas saudáveis me ajudarão a fazer um faxina na mente. E jogar fora tudo o que eu não preciso e deixar só as coisas boas.

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