Olhando de longe, dizem que é decidida.
Capaz, cheia de força e valentia.
Comentam que já sofreu de amores impossíveis.
Outros sabem que teve paixões platônicas.
Alguns deduzem, tentam adivinhar seus pensamentos.
Uns amam, outros a odeiam.
Tantos outros dizem que não vivem sem ela.
Muitos a deixaram.
Foi cortejada, galanteada, desejada...
Sentiu-se ser traída, julgada, pressionada...
Caiu, foi a bancarrota.
Sentiu a falência do seu músculo mais pulsante.
Dor, estava a míngua.
Sentiu o horror, a sofreguidão, experimentou a alma ser arrancada.
Sentou, padeceu todo o sentimento.
Na ruína, juntou todos os cacos dela mesma.
Perguntou-se, como se viesse obter respostas.
Por quê?! Pra quê?! Qual o sentido?! Com que propósito?!
Silêncio.
Sono, dormiu com o rosto molhado no pranto doído.
Sol, acordou como quem acorda num pesadelo.
Mês, preencheu os dias com meios sorrisos e disfarces.
Deus! Como foi difícil fingir estar bem.
Teatro, a mentira virou verdade.
Paz.
Hoje, deu-se uma outra oportunidade de amar.
Loteria, comprou o bilhete do amor.
Sorte, acertou na cabeça.
Amor, agora ela é um em forma de dois.
Sossego.
Sossego.
Sossego.
Sós.
Ego.